quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Greenpeace - Ciberativismo

http://www.greenpeace.org.br/ciberativismo/convite_oceanos/2.jpg

PROTEÇÃO DOS OCEANOS: ENTRE NESSA ONDA.

Você sabia que apenas 0,4% dos nossos mares estão protegidos?

E que 80% das espécies de peixes utilizadas comercialmente no Brasil estão ameaçadas de extinção?


A pressão em cima da biodiversidade marinha é enorme! Os números estão falando por si. Ficou preocupado? Nós também. E por isso, nesse mês, o Greenpeace lançou a campanha PROTEÇÃO DOS OCEANOS: ENTRE NESSA ONDA.

Produzimos um relatório e estamos pedindo que a população se engaje e exija do governo brasileiro uma atenção maior à conservação dos oceanos. Para isso precisamos de muito apoio! Precisamos que você entre nessa onda conosco!

Junte-se a nós e entre nessa onda!

http://www.greenpeace.org.br/

Revelando os Brasis

O que é o Revelando os Brasis?

Revelando os Brasis tem por objetivo promover a inclusão e a formação audiovisuais por meio do estímulo à produção de vídeos digitais. Dirigido a moradores de municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, o projeto contribui para a formação de receptores críticos e para a produção de obras que registrem a memória e a diversidade cultural do País, revelando novos olhares sobre o Brasil.

Como funciona o projeto?

A partir de um Concurso de Histórias destinado somente a moradores de municípios com até 20 mil habitantes, os interessados enviam textos contando as histórias (reais ou de ficção) que gostariam de transformar em vídeo. Quarenta histórias são selecionadas, e seus autores participam de oficinas preparatórias de roteiro, direção, produção, fotografia, som, edição etc. Na etapa seguinte, os selecionados colocam em prática o aprendizado recebido, retornando a suas cidades para a realização dos vídeos.

Como os vídeos são feitos?

Cabe a cada selecionado organizar a produção local, coordenando o trabalho de sua equipe e dos colaboradores, além de dirigir e editar os vídeos. Nessa fase, eles contam com o apoio de uma produtora regional contratada pelo projeto. Cada vídeo tem até 15 minutos de duração.

Como é a participação das cidades?

A participação das comunidades começa na pré-produção dos vídeos, quando os selecionados mobilizam os moradores por meio de reuniões, palestras e convocações pelas rádios comunitárias. Familiares, amigos, vizinhos e artistas locais são estimulados a integrar as equipes, desempenhando funções artísticas, técnicas e de apoio.

Revelando II em números

• 870 inscrições recebidas de todo o Brasil; 

• 40 autores selecionados;

• 21 Estados participantes;

• Minas Gerais é o que mais teve histórias selecionadas (5), seguido de:
Bahia, Paraíba e Rio Grande do Sul (4)
Pernambuco (3)
Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo (2)
Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (1)
• Só moradores de municípios com até 20 mil habitantes podem participar do projeto;

• Dos mais de 5 mil municípios brasileiros, cerca de 4 mil têm até 20 mil habitantes.

• 33 dias foi o tempo que a comissão de seleção levou para escolher as histórias;

• 49 dias foi o tempo transcorrido entre o final dos cursos preparatórios e a entrega do primeiro vídeo finalizado;

• O projeto finalizou 19 ficções, 19 documentários e 1 animação;


Veja no site oficial

Revelando os Brasis Ano III


Isso aí, o Revelando os Brasis chega à sua terceira temporada.
Neste ano, foram selecionadas 40 histórias que agora estão em sua fase de produção. Vamos acompanhar todo este processo por aqui no blog, não deixem de nos colocar em seus favoritos e de nos visitar de vez em quando para saber as novidades. Um grande abraço.
http://revelandoanotres.blogspot.com/

Responsabilidade da cidadania

O segundo aspecto a que gostaria de referir-me na discussão deste tema é o da responsabilidade da cidadania. Será a consciência crítica de nossa responsabilidade social e política, enquanto sociedade civil, não para substituir as tarefas do Estado, deixando-o dormir em paz, mas aprendendo a mobilizar-nos e a organizar-nos para melhor fiscalizar o cumprimento ou o não-cumprimento, por parte do Estado, dos seus deveres constitucionais, que nos levará a bom termo no enfrentamento deste problema.

Só assim poderemos caminhar no sentido de um amplo diálogo, no seio da sociedade civil, juntando legítimas representações suas e os partidos, progressistas e conservadores, no sentido de estabelecer-se quais os limites mínimos que poderiam se conciliar com contraditórios interesses dos diferentes segmentos da sociedade. Quer dizer, estabelecer os limites dentro dos quais essas diferentes forças político-ideológicas se sentiriam em paz para a continuidade da administração pública.
O que me parece lamentável é que obras materiais ou programas de natureza social sejam abandonados exclusiva ou preponderantemente porque o novo administrador tem raivas pessoais de seu antecessor. Por isso, então, paralisa o anda-mento de algo que tinha significação social.

Por outro lado, não vejo por que, nem como, uma administração que assume o governo com discurso e propostas progressistas deva manter, em nome da continuidade administrativa, programas indiscutivelmente elitistas e autoritários.

Às vezes certo discurso neo-liberal critica candidatos e par-tidos de corte progressista acusando-os de estarem superados por ideológicos; que o povo já não aceita tais discursos, mas os discursos técnicos e competentes. Em primeiro lugar, não há discurso técnico e competente que não seja naturalmente ideológico também.
Para mim o que o povo recusa, cada vez mais, sobretudo tratando-se de partidos progressistas, é a insistência anti-histórica de se comportarem stalir1istamente. Partidos progressistas que, perdendo o endereço da História, se comportam de certa forma que mais parecem velhas escolas tradicionais dos começos do século, ameaçando e suspendendo militantes cujo comportamento não lhes agrada. Essas lideranças não percebem que nem sequer podem sobreviver se se conservam modernas quanto mais tradicionalmente arbitrárias. O que a História lhes exige é que se tornem pós - modernamente progressistas. É isto que o povo espera; é com isto que sonham seus eleitores sensíveis e críticos sincronizados com a História.

Para mim, o que o povo recusa é a discurseira sectária, os slogans envelhecidos e o que nem sempre nos vem sendo fácil é perceber que não se pode, em termos críticos, esperar um governo popular de um candidato de partido autoritário e elitista. Não creio que seja possível superar as razões das distorções a que somos levados na compreensão do que é boa política ou má política de gastos públicos a que se acha associada a questão do que são grandes obras ou não, trabalhando apenas os obstáculos no processo de conhecer mais criticamente dados objetivos da realidade. Temos que trabalhar os obstáculos ideológicos sem o que não preparamos o caminho para lucidamente perceber, por exemplo, que entre mim e o candidato em quem voto há muito mais do que uma relação afetiva ou de gratidão. Se sou grato a uma pessoa reacionária posso e devo manifestar minha gratidão a ela. Mas minha gratidão não pode estar envolvida com o interesse público. Se minha utopia, meu sonho, pelo qual luto ao lado de tantos outros, são o contrário antagônico do sonho do candidato reacionário não posso nele ou nela votar. Minha gratidão não pode me levar a trabalhar contra meu sonho que não é só meu. Não tenho o direito de expô-lo para pagar uma dívida que é só minha.

Votar em A ou B não é uma questão de ajudar A ou D a se eleger, mas delegar a alguém, em certo nível de poder político, na democracia, a possibilidade de brigar por um sonho possível. Em nenhuma hipótese, pois, devo e posso votar em alguém que, eleito ou eleita, vai brigar contra meu sonho.

É incrível que continuemos a votar para o Executivo num candidato progressista mas, para o Legislativo, num reacionário simplesmente porque nos ajudou um dia usando seu poder.

Do livro: Professora sim, tia não - cartas a quem ousa ensinar
de Paulo Freire

MISÉRIA: POR QUE AINDA EXISTE?

Atualmente, quando se analisa a modernidade tecnológica, há tantas coisas fascinantes, as quais levam a crer que a solução de todos os problemas humanos é apenas questão de tempo. E deveria mesmo ser assim, não fosse a má-vontade latente, comum aos líderes políticos e empresariais.

Antes do século XX, por limitações técnicas, a miséria era condição quase natural à maioria dos seres humanos. A produção de alimentos não tinha como satisfazer a demanda: intempéries, guerras, pouco conhecimento das técnicas de plantio, baixa efetividade dos instrumentos, entre outros fatores, garantiam oferta muito aquém da necessária.

Além disso, existia pouco interesse em gerar grandes estoques de alimentos; seja porque as cidades eram muito distantes umas das outras, numa época de transportes limitados (o que prejudicava o comércio); seja porque a armazenagem e a conservação eram difíceis. Tudo garantindo a quase total inexistência do ‘excedente’; com raras exceções, o consumo estava restrito ao que se gerava localmente.

De modo significativo, esse cenário começou a mudar em fins da Idade Média (com o ‘período das grandes navegações’), quando a tecnologia naval nascida na Escola de Sagres (somada à escravidão e à brutal conquista da América) possibilitou, aos europeus, fartura até então inédita.

Contudo, se a riqueza tinha nova configuração, a miséria também ganhara outra face: à tradicional pobreza rural, juntou-se a miséria urbana. Com a Revolução Industrial, a produção estava maior e diversificada, mas seu custo era elevado e alcançava níveis ainda muito abaixo da demanda.

No século XX, marcado por duas grandes guerras (que levaram a miséria ao extremo), ocorreram duas importantes mudanças: primeiro, a supremacia do Direito sobre as demais atividades; segundo, o vasto e avançado conhecimento tecnológico.

Em algumas nações, o Direito gerou aspectos paternalisas que permitiram a elevação da qualidade de vida de parte da população. Já os avanços tecnológicos afetaram positivamente os transportes, a agricultura e a indústria, especialmente no que tange ao manuseio, armazenamento e conservação dos bens perecíveis.

Por esses e outros fatores, o século XXI se inicia tendo, como principal característica, expressiva expansão da oferta de produtos, com destaque para alimentos, eletrônicos, telecomunicações e automotivos.

Segundo relatório da ONU (2001), a oferta de alimentos chega a ser quase o triplo da demanda, propiciando – em alguns países – formação de grandes estoques e queda dos preços médios. No entanto, persiste a miséria.

Se é verdade que, nos 15 principais países mais industrializados, a classe média cresceu; nas demais nações isso não se verifica. Em sua quase totalidade, África, Ásia, América Central e América do Sul ainda possuem grandes contingentes de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza.

Vive ‘abaixo da linha de pobreza’ quem não tem acesso ao consumo básico de alimentos, educação elementar, condições sanitárias mínimas ou serviços de saúde apropriados; e que, no longo prazo, não possui perspectiva de melhorias sociais. Praticamente metade do planeta vive nessas condições.

Ora, mas se existem países cujos cidadãos vivem modernidade sem igual, com casas abarrotadas de eletrônicos, com veículos avançados, adentrando a cultura do luxo; como imaginar que, nesse mesmo mundo, existam ainda bilhões de pessoas cujo único objetivo seja conseguir algum alimento?

Se parte do mundo desenvolve armamentos cada vez mais avançados, envia gigantescos telescópios pelo Cosmo; como pode haver outra parte que sequer tem acesso à água potável?

Somente a má-vontade política e empresarial, endossada pela postura passiva que nós – a maioria – comodamente assumimos, pode explicar isso. Não há argumento lógico para tamanha disparidade socioeconômica.

Que algum percentual de pobreza exista, até se pode entender. O inaceitável, porém, é o nível absurdo a que chegou, bem como o volume de pessoas que atinge, tudo isso com o aval dos países industrializados, que se limitam a ações paliativas de curtíssimo prazo, mas que, de fato, nada fazem para buscar soluções definitivas para a miséria no mundo.

Este texto integra a proposta do “Blog Action Day 2008”, cujo objetivo é discutir, por meio de ‘blogagem coletiva’, a ‘pobreza’ e a ‘indigência’ no mundo, para que se reflita melhor tais questões. Apresento, ainda, outra abordagem do mesmo tema e para o mesmo propósito no blog ‘Gritos Verticais’, na forma de poema.

Fonte: http://docedefel.wordpress.com/2008/10/14/miseria-por-que-ainda-existe/

http://blogactionday.org/

....

Deixei esse comentário para o André do blog Doce Fel, quero compartilhar com todos voces...

Oi, André, 

adorei esse testo, tudo a ver com meus propósitos de vida, enquanto budista luto pela paz mundial, onde se inclui acabar com misérias e injustiças, pertenço a ong BSGI... do budismo de Nitiren Daishonin ... 

O desejo desse buda, tambem designado como buda original, era a paz mundial e a harmonia entre os homens, para acançar a felicidade, ele nos ensinou , com seus escritos, a entendermos a era atual, a forma de praticar o budismo, de acordo com o Sutra de lotus do buda Sakyamuni ou Sidarta Gautama... 

Hj somos mais de 10 milhoes de membros na ong SGI... espalhado em 200 países...

Então peguei esse texto e o coloquei no meu blog
http://portalcidadania.blogspot.com/
citando as fontes, é claro... 

Escolhi esse teu blog para dizer que fiz lista de blog LITERATURA em meu blog 

http://sonialotusblogsblogger.blogspot.com/

ao pé da página, achei melhor ir setorizando, rsrs... 

continuarei inserindo seus blogs, bom que assim te visito e vou te lendo... parabens!

Fiquei super feliz em ver sua lista de meus blogs, rsrs... me senti, cara, muito massa mesmo! Obrigada... um dia vou escrever como vc.... expor minha idéias... ainda me sinto bloqueada... mas to me exercitando e chego lá... faço bem isso em emails, aí eu solto o verbo, rs... mas nos blogs ainda sou tímida.... estou me treinando e voce tá me sendo uma boa inspiraçao e incentivo, como nao deixar de ser-lhe grata infinitamente?

Aproveito aqui para deixar duas comus minhas no orkut sobre esse budismo, ok?

Comu: Escritos: Buda Nitiren*cartas
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=21674127

Comu; Pres. Ikeda: Abraçando Sensei
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=8533416

Ikeda sensei foi o cara que trouxe esse budismo para fora do Japao, há mais de 40 anos ele é o presidente da ong SGI, para ele só falta o premio nobel da paz, super homenageado no mundo todo...

Abraços e boa sorte sempre!


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Quer aumentar o tráfego? BlogUpp!

O que faz BlogUpp! diferente?


Foto: Quer aumentar o tráfego?
Tem o seu próprio blog? Óptimo!
Quer aumentar o tráfego? Claro!
Aqui esta a formula mais fácil e simples, incluindo o melhor de qualquer troca de link ou de banner, e mais



BlogUpp: A gente se conhece por aqui!

Acompanhe seu deputado - acompanhamento da atuação do parlamentar

A Câmara dos Deputados lançou nesta terça-feira (28) um serviço que permite
acompanhar a atuação dos parlamentares por e-mail.

Chamado de "Acompanhe seu deputado", o projeto possibilita que qualquer
pessoa receba informações sobre como determinado deputado votou um projeto,
discursos que fez, projetos apresentados, se trocou de partido e notícias
dos veículos de imprensa da Casa.

Um dos objetivos do serviço é facilitar o acompanhamento da atuação do
parlamentar. "É muito comum que as pessoas se esqueçam em quem votaram. Vai
passando os anos e a pessoa esquece em quem votou. É um serviço pode ajudar
que isso não aconteça", diz o diretor do Centro de Informática da Câmara,
Fernando Torres.

As informações enviadas pelo boletim já são disponibilizadas no site da
Casa. "A pessoa teria que entrar constantemente para verificar se tem um
discurso novo, um projeto de lei novo apresentado pelo deputado. Dessa
forma, a pessoa entra, seleciona o deputado ou deputados em quem que tem
interesse e passa a receber um boletim com as formas de atuação do
parlamentar" , explica.

Para se cadastrar, é preciso acessar o site da Câmara (www.camara. gov.br) e
clicar em "Deputados" ou "Transparência" . No cadastro, é possível selecionar
um deputado ou mais de um deputado e as informações que a pessoa deseja
receber. O boletim será enviado a cada 15 dias.

O deputado que quiser poderá ter acrescentado, ao fim do boletim, um link
para sua página institucional ou pessoal. "O trabalho parlamentar não está
restrito à atuação na Câmara, é também a atuação nos estados e municípios",
diz Torres.

A Câmara já possui um serviço de acompanhamento de projetos de lei. A
tramitação é enviada por e-mail para quem se cadastra. O serviço, disponível
desde 2001, tem cerca de 100 mil usuários. Para o próximo ano, a idéia é
lançar o acompanhamento da execução do Orçamento da União por e-mail.

Fonte :
http://g1.globo. com/Noticias/ Politica/ 0,,MUL840229- 5601,00-SERVICO+ PERMITE+ACOMPANH AR+ATUACAO+ DE+DEPUTADO+ POR+EMAIL. html

domingo, 26 de outubro de 2008

Cadê a Comissão dos Direitos Humanos?

De: Alamar Régis Carvalho

Para: Sonia Araújo de Andrade

Assunto: O amor mal concebido

Sonialotus: O Amor, o mais belo sentimento humano, é confundido com paixão e com ciúme. Isto é um absurdo e é o tema do meu artigo de hoje.

Meu comentário de hoje, no Jornal Radio Fatos = Transmitido por 267 emissoras de rádios, AM e FM, de várias cidades no Brasil. Para escutar clique abaixo.

Comentário do Alamar

Quem desejar conhecer o site do Rádio Fatos, é: www.radiofatos.com.br. A sua base é em Brasília.

Resolvi colocar aqui, hoje, por escrito o comentário que fiz na Central de Rádio, pelo Jornal Rádio Fatos, em várias emissoras de rádio de todo o Brasil.

Cadê a Comissão dos Direitos Humanos?

O Brasil inteiro está horrorizado com o brutal seqüestro, seguido de morte, ocorrido em Santo André, quando o irresponsável e inconseqüente Lindemberg assassinou a jovem Eloá, simplesmente porque ela não quis ser objeto dele.

Não foi o único caso do gênero no Brasil, já que a imprensa noticiou três outros assassinatos, pelo mesmo motivo, em apenas uma semana. Sempre um animal irracional querendo fazer de um outro ser humano objeto seu, pelo desequilíbrio promovido pela terrível doença do ciúme.

O que eu quero chamar atenção das pessoas, aqui, é para um detalhezinho muito interessante:

Cadê a tal Comissão dos Direitos Humanos, com toda aquela sua bondade, para se fazer presente numa hora desta, ali ao lado da polícia, da imprensa e dos parentes, durante toda a semana de angústia das duas meninas, manifestando preocupação com os direitos humanos das garotas?

A Eloá foi assassinada e a Nayara foi ferida de uma forma que, certamente, deixará alguma cicatriz em seu rosto, além de um trauma terrível que carregará para toda a vida.

Pelo amor de Deus, cadê a tal Comissão dos Direitos Humanos? Não se registrou, um momento sequer, em que algum dos seus membros tivesse visitado os familiares das duas vítimas, que também têm direitos humanos, nem durante o período do seqüestro e nem no momento após a morte da menina.

Vocês já imaginaram se os atiradores de elite da polícia tivessem alvejado e matado o bandido?

Aí a coisa seria diferente. Com certeza eles apareceriam, morrendo de pena do coitadinho, protestando contra tudo e contra todos, chamando os policiais de violentos, recorrendo a organismos internacionais e talvez até pedindo as cabeças do comandante da Polícia Militar e do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Estariam hoje nas páginas dos jornais e revistas, dando entrevistas para rádios e televisões com as suas bondades que só existem para proteger bandidos, praticantes dos crimes mais cruéis, covardes e hediondos.

E já apareceu advogada, em absoluto descompromisso com a autêntica Justiça, querendo que o assassino responda ao processo em liberdade!!!

É lamentável.

Ninguém, em sã consciência, pode discordar da existência de organizações criadas para defender os direitos humanos. Muito pelo contrário, deve incentivar e até se oferecer, voluntariamente, para trabalhar junto; mas quando essas organizações agem, conforme o modelo brasileiro, apenas se fazendo presentes em defesa de criminosos e assassinos, como tradicionalmente tem acontecido, é algo que merece o nosso repúdio e o mais veemente protesto, pela inversão de valores e pelo seu elevado nível de incoerência, insensatez e hipocrisia.


O amor mal concebido

Existem determinados tipos de artigos que os escritores preferem não escrever e nem as revistas e jornais gostam de publicar, porque terminam tocando em feridas de alguns leitores que, insistindo em fingir que o problema que portam não é problema, se aborrecem quando o assunto é abordado, daí a razão de quase ninguém querer escrever, porque todos querem ser sempre bonzinhos para com os leitores, não importam as conseqüências.

Acontece que, ao mesmo tempo, vários outros leitores, assim como milhões de pessoas, são vítimas das enfermidades dos que se aborrecem e, em apoio a essa grande maioria, alguém tem que escrever e chamar atenção para o problema.

A coisa é séria.

Vejamos algumas considerações iniciais:

Você já percebeu que a maioria das pessoas que fumam, diz que não têm vício nenhum, que tem o seu cigarro sob absoluto controle, que não é dominado pelo vício e que pára de fumar quando quiser? Experimente retirar a carteira de cigarros de perto e você vai ver quanto controle ele tem.

Os adolescentes quando, burramente, começam a fumar, mascaram aquela prática argumentando com o famoso “eu fumo por esporte”, para que o seu gesto fique bem bonitinho aos olhos dos outros. Tem sentido alguém vincular cigarro com esporte?

Tabagista nenhum gosta de ser considerado como tabagista. Ele se aborrece quando alguém o qualifica assim, porque quer dizer sempre que gosta de fumar um “cigarrinho”.

Alcoólatra nenhum se considera alcoólatra e não suporta que alguém o chame assim. Por mais que viva bêbado e agredindo os seus familiares pelo efeito da cachaça, nem as imagens de uma filmagem que alguém fez mostrando o seu estado ridículo, deitado na sarjeta, todo vomitado e até cachorros lambendo a sua boca, é o suficiente para ele se convencer que de fato é um alcoólatra, dominado pelo vício.

Você já deve ter ouvido esta frase: “Eu bebo socialmente”. É outra forma de mascarar, para que fique bonitinho, à vista dos outros.

Neste fingimento você vê as pessoas dizerem que vão tomar uma “cervejinha”, uma “cachacinha”, um “wiskyzinho” e todos esses “zinhos” aí, para ficar bem bonitinho e bem mascaradinho.

O alcoolismo é mascarado de todas as formas. Não sei se você já reparou, mas inventaram um novo nome para substituir o ridículo nome de “bêbado”, que é o bebum. Nomes que identificam exatamente a mesma coisa, mas que sugerem aliviar os ouvidos dos hipócritas. Se eu escrevo a palavra “bunda” em algum artigo, alguns e-mails me chegam criticando por ter utilizado palavra “vulgar”, mas se eu escrevo “bumbum” aí não tem problema nenhum. Como as pessoas adoram enganar a elas mesmas.

Neste exato momento em que escrevo este artigo, estou com a televisão ligada ao lado, na novela “a Favorita”, vejo a cena do prefeito flagrando a sem vergonha da sua mulher transando com o seu melhor amigo, quando ela lhe diz: “Eu posso explicar”.

Explicar o quê?

Aquela pessoa, aparentemente honesta (apenas aparente), quando é flagrada roubando, tem a mesma reação: “eu posso explicar”. Quando a imprensa descobre as safadezas e corrupções do político sem vergonha, na hora da entrevista na televisão o cínico vem com o mesmo “eu posso explicar”.

Como alguém pode querer explicar o que é evidente?

Tenho uma amiga, em São Paulo, que é viciadíssima no jogo, mas não suporta que alguém toque no assunto, não se considera viciada, embora entrasse em tremenda depressão quando o governo proibiu o bingo. Hoje descobriu um novo bingo, clandestino, que funciona num bairro muito distante da sua casa, gasta um dinheirão para ir e vir de táxi, acabou com todos os recursos da família e do marido, não se considera viciada e diz que joga para se divertir, fumando um cigarro atrás do outro, por esporte.

Pois é. A máscara que a sociedade insiste em manter é algo impressionante, mas que subestima a inteligência de algumas pessoas. Vivemos uma cultura de fingimentos e de “faz de conta”, onde muita gente engana a tudo e a todos, com a maior naturalidade do mundo.

Mas uma das maiores doenças do ser humano, algo terrível e lamentável, que prejudica muita gente, que é responsável por inúmeras tragédias em toda a história da humanidade e que o homem tem o cinismo de mascarar como sendo Amor, é a desgraçada doença do ciúme.

Você já deve ter ouvido esta ridícula frase: “O ciúme é o tempero do amor”.

Quanta estupidez. O ciúme é o filho da praga da paixão, e nada tem a ver com amor. Como pode alguém, em sã consciência, querer vincular algo tão terrível, danoso, violento, estúpido, insensato, agressivo e desumano, com o mais belo dos valores humanos, que é o Amor?

A mania da máscara e da maquiagem moral está presente também, em afirmativas do tipo:

- “Toda pessoa normal tem ciúmes”.

- “Duvido que exista alguém que não tenha ciúmes.”

Mentira. Estas afirmativas são absurdas, já que existem, sim, pessoas que não sofrem dessa doença, que sabem respeitar os seres humanos, que não são estúpidas ao ponto de fazerem de seres humanos objetos seus, porque não se admitem fazendo pessoas de coisas.

No meu livro, “Mulher, só é boba quem quer”, que graças a Deus eu tenho conseguido fazer muita mulher acordar, deixar de ser burra e de ser submissa, sobretudo ao machismo, eu faço uma comparação da praga da paixão, que as pessoas também insistem vincular com Amor, e faço questão de colocar aqui novamente:

Amor é honestidade, coerência, confiança, firmeza de propósitos, sinceridade, afeto, carinho, ternura, lealdade, cortesia, compreensão, indulgência, tolerância, segurança, fidelidade, solidariedade, perdão e prazer em estar juntos. No amor o principal fator que um procura no outro, para um começo de relação, é a cabeça, a afinidade de gostos, a sintonia de pensamentos, os valores morais e espirituais.

Agora veja a diferença:

Paixão é ciúme, desconfiança, apego material, fingimento, obsessão, cinismo, sentimento de posse, interesse, mentiras, falsidade, desafeto, competição, provocação, chantagem sentimental, masoquismo, intolerância, insegurança, condenações, perseguições, patrulhamento da vida do outro, jogar verde pra colher maduro e infidelidade em muitos casos. Na paixão, os principais valores que um vê no outro é a aparência física, o dinheiro, a posição social, o atendimento às suas conveniências e outros detalhezinhos, muito valorizados, como olhos bonitos, bunda grande, seios, barriga, cabelos, cor, idade, etc...

Como é que pode alguém querer dizer que paixão e amor são a mesma coisa?

A estupidez de muitas pessoas supõe que uma relação a dois, sem paixão, não tem graça e a coisa fica fria.

Mentira, conversa fiada. É uma outra forma de mascarar as coisas, porque essa conceituação é um dos maiores engodos que existem na conceituação popular.

Na relação de amor sem paixão, conseqüentemente sem ciúmes, existe todo o calor que um casal deseja e precisa, inclusive nas relações sexuais que são incomparavelmente melhores.

Veja só:

Um casal que apenas se ama, quando mantém uma relação sexual se vê num clima de festa, porque não há espaço para desconfiança, não há chantagem, não há necessidade de masoquismo, relaciona-se sorrindo e alegre, o nível de orgasmo é incomparavelmente melhor e o depois é sempre gostozíssimo, pela alegria que fica no pós relação.

Já a relação sexual do casal apenas apaixonado nunca é a mesma coisa. Em muitas vezes verifica-se masoquismo, interrupção de um para questionar se o parceiro não está pensando em outro, gemidos fortes, raramente sorrisos, relação apenas de corpos, despreocupação com as possíveis dores orgânicas e os desconfortos do outro, preocupação do homem em mostrar virilidade, (o que proporciona um índice enorme de falhas, pelos efeitos psicológicos da forçação de barra), a necessidade da mulher ter que mostrar que faz bem e uma série de outras teatralizações, já que um sempre faz de tudo para não “perder” o outro. O depois de uma relação de apaixonados nunca é igual ao de um casal que se ama, porque sempre fica aquele vazio e raramente uma boa sensação.

A abordagem deste assunto é vasta e vai muito longe.

A orientação que este assunto nos remete é a seguinte:

Para todas as pessoas, principalmente os jovens, que estão iniciando as primeiras relações de namoros, eu apelo, pelo bem dos seus futuros:

Evitem iniciar qualquer relação de namoro com pessoas ciumentas!!!!

Sei que é muito difícil controlar a tal química que surge, as chamadas paixões inesperadas, as atrações físicas e os chamados “amores à primeira vista”, que é coisa que só acontece com relação a pessoas bonitas, de físicos atraentes ou que tenham muito dinheiro.

Por acaso, você já viu um jovem rapaz manifestar amor à primeira vista por uma senhora idosa, com algumas varizes, gorda, seios caídos pelo tempo, vista cansada, menopausa e sobre tudo pobre?

Já viu uma moça jovem manifestar amor à primeira vista por um senhor idoso, óculos fundo de garrafa, cara enrugada, reumatismo, sem carro e pobre?

Como é que pode, então, alguém considerar esse tal “amor à primeira vista” como sentimento verdadeiro e honesto?

Lembro-me de um programa de esporte da televisão, que há alguns anos entrevistava uma loura muito bonita e de corpo esbelto que estava casada com um jogador de futebol de cor preta, mas que não era um negro bonito, como vários que existem por aí e, pelo contrário, era até feio (segundo os padrões estabelecidos), que foi jogador da seleção brasileira, jogou no exterior e ganhou muito dinheiro. Ela dizia que foi “amor à primeira vista”. De repente a idade do craque avançou, a fama acabou, os grandes contratos acabaram e o que ela fez? Arrumou logo um meio de se separar, junto à “justiça” conseguiu subtrair metade de tudo o que ele tinha e hoje ela, rica, (às custas dele) vive com um bonitão.

Uai, cadê o amor à primeira vista?

Mas o cuidado maior que recomendo aqui é para evitar a pessoa ciumenta, porque invariavelmente ela é possessiva, vai fazer de você objeto dela, vai chantagear e fazer da sua vida um verdadeiro inferno, já que assim tem sido em toda a história.

Deixe que os ciumentos namorem outros ciumentos iguais a eles, porque aí cada um vai ter o que merece, o pau vai quebrar e quem for podre que se quebre. Vai haver a prática do ensinamento do Cristo: “Faça ao seu próximo aquilo que você gostaria que ele fizesse contigo”.

E tem outra coisa:

No começo do namoro, quando se percebe que a praga é ciumenta, sempre aparece um “amigo” ou “amiga” pra lhe pedir calma, sob a alegação de que o ciúme vai passar com o tempo.

Não passa não. As pessoas ciumentas, por acharem que este maldito sentimento é coisa normal, não fazem o menor esforço em se livrar da doença, já que pelo fato de conhecerem outras criaturas tão doentes como elas, não manifestam o menor interesse em se livrar da praga. A tendência é piorar, sempre.

Ciúme gera agressões, violências, torturas e até assassinatos, como acabou de acontecer em Santo André, com aquele animal irracional que seqüestrou e assassinou a menina de 15 anos, e ainda há quem diga que foi um crime por amor.

Quem ama não mata, nunca!!!!!

É necessário que as pessoas despertem para uma nova consciência, que as máscaras sejam usadas apenas como adereços em bailes de carnaval, que esta realidade seja encarada com rigor, que tenhamos a coragem de nos proteger e dizer não a todos aqueles que queiram nos manter sob os seus controles remotos e nos conduzir conforme as suas conveniências.

Ninguém é obrigado a ser fantoche de ninguém, ainda mais sob justificativa de amor. Ninguém tem obrigação de aturar cenas de ciúmes de ninguém. Que mandem os possessivos ir cantar em outra freguesia.

E para aqueles que tentam argumentar que estamos faltando com a Caridade em relação a imperfeição dos outros, é importante relembramos que Jesus, quando recomendou:

“Ame ao seu próximo...” ele acrescentou o “... como a si mesmo”, dando-nos a entender que quem não é capaz de se amar, jamais terá condições de amar os outros e não pode querer que ninguém lhe ame verdadeiramente e com sinceridade.

Para a reflexão de todos.

Abração a todos.

Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas e Escritor
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Cacique Seattle

"A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará". Trecho da carta do Cacique Seattle ao Presidente dos EUA em 1855.

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