sexta-feira, 29 de agosto de 2008

ECOSURFI - As ONGs ambientais

A ECOSURFI (Entidade Ecológica dos surfistas) é uma O.N.G. (Organização Não Governamental) da sociedade civil com sede na cidade de Itanhaém, fundada para promover ativismos e executar projetos na área ambiental, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e ecologicamente sadia e equilibrada para as presentes e futuras gerações.

A entidade vem realizando e desenvolvendo uma série de atividades desde sua fundação em junho de 2000.Através do ideal preservacionista " Pensar global e agir local ", a ECOSURFI objetiva viabilizar ações para melhoria dos problemas ambientais em toda orla marítima, realizando mutirões de despoluição, exposições e amostras explicativas; Proferindo soluções práticas para minimizar o impacto ambiental nessas áreas, respeitando sempre a cultura das regiões abrangidas nestas ações.

Conscientizando os surfistas sobre a importância do equilíbrio dos ciclos naturais, principalmente nas áreas litorânea. Devido sempre estarem em contato direto com a natureza isso faz com que se tornem potencialmente os maiores interessados na luta pela melhor utilização das praias, mares e oceanos ao redor do planeta, perpetuando esse estilo de vida.

Bem como viabilizando propostas de melhoria para cada região onde o projeto se apresente, sensibilizando e estimulando a mudança de hábitos e atitudes de cada individuo.
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Por: Gustavo Faleiros e Andreia Fanzeres*

Um artigo publicado na mais recente edição da revista Science, o semanário científico mais influente do mundo, está causando um pequeno terremoto na cena em que atuam as organizações não-governamentais ambientalistas. Entitulado "A Globalização da Conservação" e assinado por pesquisadores de diversas nacionalidades reunidos na Wildlife Trust Alliance, o texto sustenta que as grandes ONGs internacionais - Bingos (Big International Non Governamental Organizatios), na sigla em inglês - têm estratégias falhas na proteção do meio ambiente e prejudicam a atuação de pequenas instituições de países em desenvolvimento.

Os pesquisadores buscam demonstrar que a forma de atuação de organizações como Conservation Internacional (CI), The Nature Conservancy (TNC) e World Wildlife Fund (WWF) se assemelha a de grandes empresas multinacionais. Isso se dá através da criação de programas genéricos, que servem como marcas para a obtenção de recursos financeiros. O texto cita as campanhas 'Hot Spots' da CI e '200 Ecoregions' da WWF como casos extremamente bem sucedidos na arrecadação de fundos, mas não tão efetivos na conservação da biodiversidade. Houve um incremento de 40% a 100% nos orçamentos destas ONGs nos Estados Unidos entre 1998 e 2005, e na opinião dos autores, os conceitos ambientais utilizados não resguardam os ecossistemas em perigo.

"Embora estas marcas sejam derivadas das ciências da conservação, elas são vulneráveis à crítica científica. Por exemplo, planos previamente concebidos que miram áreas fixas para conservação (Hot Spots e Ecoregions) são insuficientes para lidar com ameaças repentinas como doenças ou espécies invasoras, a alteração do leque de espécies graças ao aquecimento global, ou a dinâmica espacial de ecossistemas marinhos", descreve o artigo.

A presidente do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Suzana Pádua, é uma das autoras do artigo na Science e explica que há algum tempo existe um sentimento entre pesquisadores de que as Bingos, com a grande quantidade de dinheiro que têm, ditam os rumos da conservação em todo mundo, mas não acertam o foco onde a biodiversidade está mais necessitada. Para aumentar a eficiência das ações de proteção aos ecossistemas, Suzana observa que a Wildlife Trust Alliance defende que as pequenas organizações locais tenham mais voz. Segundo ela, ONGs de menor porte que dependem unicamente de parcerias e recursos das grandes "perdem identidade." "Estamos propondo um exercício para que trabalhemos com respeito e cooperação de fato", diz a presidente do IPÊ.

O ponto-chave de "Globalização da conservação" parece ser a questão de que ao mesmo tempo em que os recursos das Bingos não param de crescer, a verba oficial de governos e organismos multilateriais para a proteção da biodiversidade caiu 50% na última década. É a partir deste desequilíbrio que as grandes ONGs passam a comandar as políticas domésticas de meio ambiente. Uma das consequências, sustenta o artigo, é uma estrutura de decisões de cima para baixo que não considera o conhecimento de instituições e especialistas locais. "Organizações pequenas e localmente focadas, trabalhando na linha de frente da perda da biodiversidade são frequentemente as mais eficazes", ponderam os autores.
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Blog: www.ecobservatorio.blogspot.com
Site: www.ecosurfi.org

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Cacique Seattle

"A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. O que fere a terra fere também os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará". Trecho da carta do Cacique Seattle ao Presidente dos EUA em 1855.

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